sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Militantes da ditadura da década de 60 e os usuários de drogas dos dias de hoje

Sim, militantes e usuários têm coisas em comum. Se voltarmos no tempo para entender a revolta dos jovens militantes que lutavam contra um governo ditatorial e a favor de uma real democracia entre a população e a revolta interna de um usuário de drogas que é capaz de destruir sua saúde para que alguém os ouça, você vai ver que eles têm coisas em comum.
O envolvimento da classe média nos dois movimentos, a angústia dos pais que ficam em casa sem notícias dos filhos que podem estar presos ou sendo torturados tanto por militares como por seus traficantes, também pode ser um quesito de união entre eles. Imaginar que o seu filho, educado nas melhores escolas da cidade, pode estar sendo observado ou perseguido, não deve ser o melhor dos sentimentos.
E o que falar sobre a insatisfação quanto ao que o mundo tem a lhes oferecer? A necessidade de se mexer para mudar o cotidiano em que se encontram ou possuir um sentimento latente de envolvimento e aceitação no grupo, são coisas a serem pensadas que fazem parte das duas categorias de jovens.
Observar que as universidades estão atentas àqueles que queimam seu cannabis no pátio, nos faz remeter à época de militares infiltrados em salas de aula que coagiam qualquer grupo envolvido na luta socialista. E acima de tudo, ter a certeza que esses dois grupos se igualam ao observar seus sofrimentos atrás de uma luta que não comporta vitórias e vitoriosos.

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